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Britânico confessa em jogo que matou idosa e pega prisão perpétua

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Estudante disse a amigos em jogo de ‘verdade ou consequência’ que pôs fogo em cortina do quarto da mãe do padrasto.

Um estudante britânico, hoje com 21 anos, foi condenado nesta semana à prisão perpétua pelo assassinato de uma idosa de 94, que era a mãe do seu padrasto. Ele confessou o crime a amigos em um jogo de “verdade ou consequência”.

Tiernan Darnton tinha 17 anos quando pôs fogo nas cortinas do quarto onde vivia Mary Gregory, em Heysham, na costa oeste da Inglaterra, em 28 de maio de 2018. Segundo a polícia, a idosa foi encontrada por bombeiros ainda com vida debaixo de uma mesa, com o aposento cheio de fumaça. Ela foi levada ao hospital, onde morreu quatro dias depois.

Em um primeiro momento, a perícia concluiu que a causa provável do incêndio teria sido um cigarro aceso que caiu nas cortinas e a morte foi dada como acidental. O caso foi reaberto um ano depois, quando Darnton admitiu durante uma sessão de terapia que tinha matado Mary.

A polícia também descobriu que ele confessou o crime a dois amigos em um jogo de “verdade ou consequência”, ao responder à pergunta sobre qual seria seu segredo “mais sombrio”.

“Eu tenho um segredo que nunca contei para ninguém”, disse Darnton, semanas depois da morte de Mary Gregory. “Eu acho que matei alguém”.

Crime brutal e planejado
Ao anunciar a sentença do estudante, a juíza Amanda Yip destacou as diversas provas de que o réu era fascinado por serial killers e que planejou o crime em detalhe. “Você pensava em assassinato há bastante tempo”, disse ela.

Os peritos encontraram diversas buscas no histórico de navegação do celular e do notebook de Darnton, com frases como “eu sou um assassino”, “sou um monstro e vou para o inferno”, “quero fazer o mal”, “quero matar novamente”, “assassinos menores de 18 anos”.

Entre os objetos do acusado, os policiais encontraram um caderno com uma planta detalhada da casa onde ele vivia com o padrasto, Chris Gregory, e Mary. No desenho, ele indica possíveis pontos de fuga e um local para se esconder. Nas anotações, também foi encontrada uma frase que destacava a necessidade de “um bom álibi”.

Antes de pôr fogo na cortina, Darnton também desconectou da parede o telefone que ficava no quarto de Mary, desarmou o alarme de incêndio e, ao sair do aposento, colocou uma mesa para bloquear a porta.

“É difícil imaginar o horror que a senhora Gregory deve ter sentido quando percebeu que a casa estava em chamas e se enchendo de fumaça. Os vizinhos ouviram seus gritos”, relatou a juíza Yip ao ler a sentença. “Ela foi encontrada perto da porta, que você bloqueou. Foi um jeito particularmente cruel de morrer”.

O estudante foi preso em maio de 2019, após confessar o crime em uma sessão de aconselhamento. Ele disse que tinha se sentido “poderoso” durante um funeral porque “sabia o que tinha acontecido e todos os outros presentes não”.

A conselheira encerrou a sessão dizendo “não tenho certeza do que você está falando, mas acho que está tentando me dizer que você matou alguém”, e Darnton sussurrou que sim. Uma semana depois, ele assumiu que tinha posto fogo nas cortinas de Mary usando um isqueiro.

Fonte: Monitor R7

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