Economia
Bolsa brasileira paralisa negócios pela segunda vez no dia

A Bolsa de Valores brasileira (B3) interrompeu o pregão desta quinta-feira (15) pela segunda vez no dia após registrar uma queda de 15,43% no Ibovespa – principal índice da instituição. Mais uma vez o alarme de “circuit breaker” foi acionado e todas as operações foram paralisadas por 30 minutos.
Este já é o quarto circuit breaker da semana, reflexo da piora da percepção dos danos que serão causados pelo coronavírus sobre a economia global. Por volta das 11h da manhã desta quinta, a B3 já havia acionado o alarme de “circuit breaker” ao registrar uma queda de 10%. As operação foram paralisadas momentos após a abertura do pregão.
Com o tombo da bolsa, o Ibovespa é cotado ao redor de 72 mil pontos, no menor patamar desde setembro de 2018, período em que o país vivia a corrida eleitoral que elegeu Jair Bolsonaro presidente.
DÓLAR HISTÓRICO
O dólar chegou a abrir acima de R$ 5, mas desacelerou a alta e passou a ser cotado ao redor de R$ 4,90. Há pouco, avançava cerca de 4%, rondando os R$ 4,92.
Para conter a moeda, o Banco Central ofereceu US$ 2,5 bilhões das reservas, mas houve demanda para apenas US$ 1,28 bilhão neste começo de pregão.
O novo gatilho de queda da bolsa é a decisão do presidente americano, Donald Trump, de restringir voos entre Europa e Estados Unidos sob o pretexto de limitar a disseminação da doença entre americanos.
A consequência mais imediata da medida é uma nova queda no preço do petróleo, visto que a demanda das companhias aéreas pelo combustível deve cair. O petróleo foi o catalisador das perdas desta semana depois da tentativa da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de combinar uma redução da produção. A Rússia, que não integra o bloco, não fechou acordo e, em resposta, a Arábia Saudita afirmou que aumentaria a oferta do combustível e reduziria o preço.
Há pouco, o Brent (referência internacional da matéria-prima) caía mais de 6%, cotado a US$ 33,61.
POLÍTICA INTERNA
Mas não apenas fatores externos afetam os indicadores brasileiros. Na noite de quarta (11) o Congresso derrubou um veto do presidente Jair Bolsonaro e ampliou o número de famílias atendidas pelo BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a quem está em situação de extrema pobreza.
A medida aumenta o gasto do governo em R$ 20 bilhões por ano e coloca em xeque a sustentabilidade o teto de gastos.
O teto é considerado essencial pelo mercado financeiro para deter a trajetória de endividamento do governo.
Nesta quinta, o CDS (Credit Defautl Swap), medida acompanhada pelo mercado financeiro para avaliar a capacidade de um país honrar suas dívidas, salta mais de 40% e supera os 300 pontos.
É o maior patamar desde novembro de 2016, quando o Brasil tinha acabado de atravessar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
No exterior, o CDS do Chile sobe 20%, enquanto o da Turquia salta percentual equivalente ao brasileiro, cerca de 40%.
Fonte: Diário do Nordeste
-
Noticias2 semanas atrás
Homem é carregado em rede até a UPA após passar mal por falta de acesso em estrada esburacada no Ceará
-
Noticias2 semanas atrás
Mais de 800 gestores da educação no Ceará receberão gratificação mensal de R$ 2 mil
-
Noticias2 semanas atrás
“Porque eu posso”, diz Trump ao justificar tarifa de 50% sobre produtos brasileiros
-
Noticias2 semanas atrás
AGU pede ao STF que Moraes restabeleça decreto do IOF por meio de liminar
-
Noticias2 semanas atrás
Crimes atribuídos a Bolsonaro podem resultar em condenação de até 43 anos de prisão
-
Noticias2 semanas atrás
Incêndio atinge restaurante na Praia de Iracema e causa destruição na fachada e equipamentos
-
Noticias7 dias atrás
Corpo de Preta Gil será velado no Theatro Municipal do Rio, como era seu desejo
-
Noticias7 dias atrás
Jogador da Série D é atingido no pescoço por linha de pipa durante partida