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Bactéria da leptospirose é detectada em golfinhos e lobos-marinhos no Brasil

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Cientistas brasileiros detectaram a presença da bactéria Leptospira sp., causadora da leptospirose, em golfinhos e lobos-marinhos mortos na costa do país. Essa é a primeira vez que o patógeno é encontrado nesses animais marinhos no Brasil. Os estudos analisaram o DNA dos rins de 142 golfinhos e 47 lobos-marinhos de diferentes espécies.

A bactéria foi encontrada em 21 golfinhos de cinco espécies, sendo mais comum nas espécies costeiras, como o boto-cinza e o golfinho-do-Rio-da-Prata, do que nas oceânicas. Essa foi a primeira vez que a bactéria foi detectada nessas duas espécies e também no golfinho-Clímene, uma espécie oceânica. Acredita-se que os animais sejam infectados por efluentes contaminados com urina de rato em áreas litorâneas urbanizadas.

Entre os lobos-marinhos, a bactéria foi encontrada em 15 indivíduos de duas espécies, sendo mais frequente em animais que habitam áreas com maior população humana. A fonte da contaminação também é desconhecida, mas pode estar relacionada ao contato com águas poluídas.

Os pesquisadores alertam para a necessidade de continuar os estudos para entender o impacto da bactéria na saúde dos animais marinhos brasileiros. Em outros países, como os Estados Unidos, a leptospirose pode causar inflamação aguda nos rins dos leões-marinhos, levando-os a encalhar e morrer. No Brasil, ainda não foram encontradas evidências de lesões renais nos animais estudados, segundo Felipe Torres, pesquisador da UFF.

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