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Austrália cria primeiro sistema nacional de combate ao revenge porn

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O revenge porn ou vingança pornográfica — o ato de distribuir representações gráficas explícitas de ex-parceiros ou conhecidos sem o consentimento das pessoas em destaque — é uma prática que ainda tem acontecido bastante pela web e é considerado um tema em desenvolvimento em várias esferas. As vítimas, por exemplo, ainda têm dificuldade em encontrar ajuda, reconstruir sua privacidade e buscar por justiça. Muitos esforços vêm sendo feitos para evitar que esses episódios aconteçam e uma bem-vinda ajuda é a criação na Austrália do primeiro sistema nacional de defesa especializado nesse assunto.

O portal é muito didático e já começa ensinando as pessoas a entender melhor o que seria um “image-based abuse” (IBA — ou “abuso baseado em imagens”), para não deixar dúvidas: ocorre quando imagens íntimas, nuas ou sexuais são distribuídas sem o aval daqueles retratados. Isso inclui fotos reais e alteradas (em Photoshop, por exemplo), desenhos e vídeos.

Três seções primordiais para quem sofreu algum ataque estão em evidência, com passo-a-passo para cada ação: “Take action”, que instrui como remover o conteúdo, coletar provas e pedir ajuda policial; “Support”, que oferece textos e dicas para manter as vítimas calmas e orientadas; e “Legal assistance”, orientações sobre o que diz a lei e como procurar um advogado.

Números
O Brasil viu o número de casos reportados quadruplicar entre 2012 e 2014, de 48 para 224, segundo a Organização da Defesa dos Direitos Humanos na Internet, a SaferNet. Em 2015, o registro foi de 322 vítimas e no ano passado caiu para 301. Ainda assim, muita gente não cadastra suas ocorrências ou simplesmente deixa desenrolar até ver realmente se os episódios se enquadram como um IBA, o que dificulta a varredura sobre como anda a real situação sobre esse tema no País.

Um a cada 25 norte-americanos já foram afetados por revenge porn em 2016, de acordo com estudos do US Data & Society Research Institute e do Center for Innovative Public Health Research. Na Austrália, 20% da população entre 16 e 49 anos já passaram por esse tipo de problema, em sua maioria mulheres de 18 a 24 anos.

Fonte: Tecmundo

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