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AssuntosNet: Vozes das ruas, 30 dias depois

Imprensa lembra o manifesto que bombou no país. Tudo começou para valer com um protesto contra o aumento nas passagens de ônibus em São Paulo.

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Imprensa lembra o manifesto que bombou no país. Tudo começou para valer com um protesto contra o aumento nas passagens de ônibus em São Paulo.

Mas logo o Brasil inteiro veria que não era apenas pelos R$ 0,20. As manifestações se multiplicaram país afora. Mais de um milhão de brasileiros saíram às ruas para cobrar escolas, hospitais e transporte público padrão Fifa e exigir ética na política. Desnorteados, Executivo e Legislativo se apressaram em enterrar emenda que impedia o Ministério Público de investigá-los, votaram lei que transforma a corrupção em crime hediondo, prometeram até uma constituinte exclusiva para se repensar o sistema eleitoral… Passado um mês, e aparentemente esfriado o ânimo das ruas, pouco ou nada fizeram desde então. E como disse o poeta: “Como será o amanhã?”

Dilma prepara vetos a ‘agenda positiva’

A presidente Dilma Rousseff decidiu que vetará a maioria dos projetos da “agenda positiva” adotada pelo Congresso após os protestos de junho. A presidente considera “impagáveis” projetos como o do passe livre, o fim da multa do FGTS e a anistia aos Correios. Com isso, o governo garantiria a manutenção de ao menos R$ 10 bilhões em seus cofres. Mas parlamentares ainda podem derrubar os vetos presidenciais. Somente o projeto do passe livre teria um impacto de R$ 5,5 bilhões para o governo.

Moralidade….

A luta pela moralidade pública é dura. Semana passada, o MP denunciou a Assembleia Legislativa de Alagoas, que depositou na conta de 61 servidores mais de 40 salários extras. Em 1989 a mesma Assembleia foi palco de escândalo semelhante: denúncias de salários de marajás, cujo combate projetou nacionalmente Collor. De lá pra cá, pouco mudou em Alagoas.

Sucessão

O comentário político pós queda na avaliação do governo Dilma e os protestos animaram a oposição. Mesmo assim, os tucanos estão cautelosos. O PSD não descolou do governo. E o mais grave: o governador Eduardo Campos anda “muito oscilante” sobre sua candidatura. Alegam que os demais governadores do PSB, na batuta do Planalto, pressionam Campos para demovê-lo de seu projeto presidencial.

Tempo na TV

Os tucanos querem mudar as regras da distribuição do tempo de TV nas eleições. O partido quer limitar o direito ao tempo dos partidos dos candidatos a presidente e a vice. Alega que isso enfraquece as legendas de aluguel.

Esquenta polêmica do Projeto Mais Médicos

Antes mesmo da instalação da Comissão Mista que vai examinar a proposta do Planalto, parlamentares já apresentaram cerca de 500 emendas. O programa “Mais Médicos” se tornou a prioridade absoluta do ministro Alexandre Padilha (Saúde). Ele se dedicará quase que exclusivamente ao tema até novembro, quando o Congresso votará a MP. Além disso, tem a responsabilidade de executar o projeto, cujos primeiros resultados ocorrem em março de 2014. Foi avisado que não deve sair para disputar eleição sem garantir total êxito.

Hospital Regional

Pegando o gancho dos manifestos, não é de hoje que o Hospital Regional recebe críticas dos usuários. No final de semana, chegaram à nossa redação reclamações de pacientes sobre a falta de médicos. Dentro do hospital, funcionários e profissionais comentam a precariedade e falta de estrutura para atender melhor a população. Há quem afirme que existem equipamentos obsoletos e que por falta de profissionais não podem ser utilizados. Na maioria das vezes, a direção não se manifesta sobre os casos.

Tarifa de banco supera a inflação

Na hora de usar serviços bancários, analistas econômicos recomendam aos clientes realizarem pesquisa. Segundo especialista, os preços de serviços bancários nos últimos cinco anos subiram 79% a mais que a inflação do período (32,34%).

 
No ar

A cúpula do Congresso Nacional fez 91 viagens nos primeiros seis meses deste ano com aviões da FAB (Força Aérea Brasileira), média de um voo a cada dois dias. Segundo dados da Aeronáutica obtidos pela Folha, quase um terço do total das viagens foi feito em junho, mês marcado por manifestações em todo o país. Decreto em vigor estabelece que as autoridades só podem usar as aeronaves oficiais em casos de segurança e emergência médica, viagens a serviço ou deslocamentos para seus locais de residência permanente. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), solicitou 27 voos desde que assumiu, em fevereiro, até junho. José Sarney (PMDB-AP), voou 18 vezes no mesmo período de 2012. E até Joaquim Barbosa usou por duas vezes o voo da FAB.

*Silvani Soares é bancário e radialista

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