Os peritos que efetuaram as análises referem ter detectado doses 20 vezes superiores ao tolerável pelo corpo humano. “Isso sugere de forma incontestável a intervenção de um terceiro”, declarou o professor François Bochud, diretor do Instituto de Radiofísica Aplicada, em entrevista à imprensa.
“Os nossos resultados confirmam de forma razoável a tese de envenenamento”, acrescentou Bochud. No entanto, o diretor do instituto reconheceu que as conclusões científicas podem ser contestadas. “Não podemos dizer que o polônio foi a causa da morte” de Arafat, sublinhou François Bochud. “Mas não o podemos excluir”, acrescentou, ao recordar que as recentes análises ocorrem quase nove anos após a morte do dirigente palestino.
Ao mesmo tempo, as autoridades israelenses voltaram a rejeitar qualquer envolvimento na morte de Arafat, um dia após a divulgação de um relatório médico suíço que reforça a tese do envenenamento com polônio. As causas da morte de Arafat, em 11 de novembro de 2004, no Hospital Militar Percy de Clamart – arredores de Paris – não foram elucidadas e numerosos palestinos mantém a suspeita de um envolvimento de Israel.
Fonte: Agência Brasil