Política
Avaliação de Bolsonaro chega ao pior nível, aponta pesquisa do mercado financeiro
O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou ao auge de sua avaliação negativa, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) encomendada pela XP Investimentos, corretora do mercado financeiro.
Para 49% dos entrevistados pela pesquisa, o governo é “ruim e péssimo”, para 24% é “regular” e o índice dos que avaliam como “ótimo e bom” é de 27%. A avaliação negativa cresceu 7 pontos percentuais em relação à última pesquisa, do dia 24 de abril, e a avaliação positiva do governo caiu 4 pontos percentuais. O levantamento foi divulgado na última segunda-feira (4).
O período de ocorrência das entrevistas com a população na pesquisa atual coincide com a saída do ex-juiz Sergio Moro do comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no último dia 24. No mesmo dia, Moro denunciou as tentativas de Bolsonaro de influenciar no comando da Polícia Federal (PF) para evitar que investigações cheguem aos seus filhos.
Também piorou a percepção da população sobre o futuro do governo Bolsonaro. Para 46% dos entrevistados, a expectativa para o restante do mandato de Bolsonaro é ruim ou péssima. Houve uma alta de 8 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Em janeiro de 2019, primeiro mês do mandato, esse índice era de 15%. E caiu de 35% para 30% o índice dos que acham que o restante do mandato será bom ou ótimo. Essa taxa já esteve em 60% em janeiro de 2019.
Economia e coronavírus
A percepção negativa também se ampliou em relação à economia. Hoje, são 52% os que acham que a economia está no caminho errado, contra 47% na semana passada. Os que veem a economia no caminho certo caíram de 35% para 32%.
Sobre a melhor maneira de recuperar a economia depois da crise provocada pelo coronavírus, 62% acreditam que Bolsonaro deve mudar a política econômica, com mais investimentos do governo, enquanto 29% acreditam que o presidente deve manter as reformas e o enxugamento dos gastos públicos, com mais participação de empresa privadas.
O levantamento registrou ainda um aumento no percentual dos que dizem estar com “muito medo” do surto de coronavírus: são 48% nesta rodada contra 41% na semana anterior. A pesquisa é de abrangência nacional e entrevistou 1.000 pessoas entre os dias 28 e 30 de abril.
Fonte: Brasil de Fato
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